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segunda-feira, 20 de agosto de 2007

A oposição? Somos nós!

O marketing nada inocente do Banco do Brasil."A inocência é uma forma de insanidade." (Graham Greene)

Durante esta semana procurei entender, "in loco" e dentro dos meus modestíssimos limites, o que ocorre nos corredores do congresso nacional em relação à CPMF. Conversei aqui e ali.

Antes de continuar, acredito que dois pontos que nos afligem merecem um destaque:

• Provavelmente o Conselho de Ética do Senado formulará um relatório condenando Renan Calheiros. Apesar disso, um "acordo" do desgoverno do caos com os senadores prevê que na votação secreta no Plenário do senado, o "rei do gado das alagoas", aquele que prometeu a "mão amiga e calheira" para apoiar Lula da Silva no seu 1º dia do segundo reinado, será absolvido e renunciará logo após à Presidência do Senado, sem abrir mão de seu mandato de senador ( o crédito da idéia é do senador Sarney). A conferir.

• Essa história de culpar a crise das bolsas de valores como argumento para manter a CPMF é puro oportunismo que subestima a inteligência de todos nós.

Na Câmara, já está tudo dominado graças não só à compra do voto dos parlamentares fisiológicos (esmagadora maioria) efetuada pelo Executivo mas também à ajuda dos tucanos que se auto-denominam "oposição responsável", ou seja, o desgoverno Lula da Silva não terá dificuldades em aprovar a perpetuação da CPMF naquela "Casa".

No Senado, se arriscarmos uma postura tardiamente "conectada com a população" por parte dos tucanos, a CPMF poderia sim ser extinta.

Mas eis que o troca-troca (fruto do toma-lá-dá-cá dos partidos com a "SOC" do planalto), em desobediência explícita ao TSE quanto ao mandato pertencer ao partido, o que vai ocorrer é o que a Veja desta semana, em sua coluna "Radar" (pág. 44) anunciou:

"O DEM perderá 4 senadores nas próximas semanas (...)"

Infelizmente não consegui o nome dos traíras (o que não tardará a ser de domínio público, e, embora desconfie, não vou nomeá-los enquanto não houver certeza. O certo é que eles passarão a engordar a base desgovernista de Lula da Silva (no PP e no PRB). Segundo esta mesma coluna, outros 3 senadores estão negociando "deixar a oposição para cair nos braços longos do governo".

Se formos depender deste tipo de oposição, o PT já pode ser considerado o partido hegemônico "destepaíz".

Com base nos fatos relatados, sugiro muita atenção à próxima reunião da "executiva" do "Príncipe Moderno"¹ onde os aproveitadores e sabotadores do Brasil decidirão uma "constituinte" para uma pseudo-reforma política onde estaria embutido o 3º mandato de Lula da Silva.

E se o Senado era o "ponto fraco" da cleptocracia ora no poder, com essa debandada desavergonhada, não o será mais dentro de pouco tempo.

Tudo isso fecha o "quebra-cabeça" quanto à suspeita de que não é por uma simples coincidência e/ou "inocência" que o Banco do Brasil, por meio de seu mais recente marketing (Tome 3 atitudes...) esteja financiando às nossas custas, parte deste golpe de estado (anunciado, como tantas outras tragédias) contra a sociedade brasileira o que além de ilegal e imoral é inaceitável.

Minha conclusão é a de que devemos abandonar qualquer tipo de "cerimônia" antes existente para usar todas as armas ao nosso alcance se quisermos manter o Brasil como uma nação livre dos fora-da-lei que nos querem escravos de suas orgias, o que inclui os nossos direitos e garantias individuais.

Portanto, é essencial que se lembre aos incautos que a democracia da maioria não consiste só na “maioria dos votos” mas também no respeito à minoria:

(...) a democracia [é] "(...) o regime das múltiplas minorias, o regime que protege essas minorias dos eventuais humores autocráticos da maioria (...)" (Augusto de Franco em “SOBRE A CHAMADA OPINIÃO PÚBLICA”, 19/08/2007)

Fiquemos alertas porque Lula da Silva, na pele do caudilho bananão, bem como seus asseclas, têm por norte dois pensamentos:

"Os comunistas devem lembrar-se de que falar a verdade é um preconceito pequeno-burguês; uma mentira, por outro lado, é muitas vezes justificada pelo fim." (Lenin)

"Estamos resolvidos a tudo o que é possível: astúcias, artifícios, métodos ilegais, calar, dissimular, etc." (Lenin)

Não há mais como defender posições de “neutralidade” ou “apolíticas”. Ou será que alguém ainda vai se "vitimizar" como “inocente-útil”?

¹ - O “Príncipe Moderno” se remete aqui ao PT devido ao seu "modus-operandi" que está em total acordo com sua doença esquerdopata que inclui a cleptomania e a autocracia, dentre outros: “Pelo menos na teoria, o Príncipe Moderno imaginado por Gramsci viria para se contrapor ao Príncipe de Maquiavel, ideário do Estado monárquico que preservava os privilégios das classes superiores sobre a burguesia emergente, o proletariado e as massas do campo. No entanto, moderno ou antigo, na ordem prática das coisas tanto os apaniguados do Príncipe de Maquiavel quanto os de Gramsci jamais deixaram de abocanhar o produto do suor das massas trabalhadoras, como bem evidenciam a boa vida levada pelas Nomenclaturas da extinta URSS e de Cuba(...)” in "A Era Lula: Crônica de um desastre anunciado", de Ipojuca Pontes, pág. 23.

Um comentário:

UPEC disse...

Suzy

Excelente esta sua matéria. Uma análise, apesar de muito boa, ao mesmo tempo, assutadora sobre o que nos espera, se ficarmos passivos à mercê deste desgoverno infame.
O Brasil tem de acordar, unido, coeso, verdadeiro, corajoso para que possa se salvar desta infelicidade enquanto ainda pode.
Vamos è luta.