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sábado, 15 de dezembro de 2007

Educação Por um Brasil Melhor

(Carta aos senadores do DEM)
Senhores Senadores do DEM

Sou professora aposentada, tenho 68 anos. Já conheci os bons tempos quando uma criança ia para a escola aprender. Quando um professor, ao entrar na sala de aula era respeitado, não só pela sua posição hierárquica, não só por sua postura de dignidade e elegância, mas também pela bagagem de conhecimento que carregava.

Vendo hoje em que foi transformada a escola em todos os níveis, até mesmo na Universidade, a sensação é de desespero, porque esta derrocada do ensino se reflete em todos os níveis da sociedade, em todos os momentos e em todos os campos de atividade.

Temos todos que tomar uma providência com urgência urgentíssima. A saúde no país está um caos. A educação, se melhorar uns 300%, talvez chegue a isso. Não tem qualificação.
Precisa mais dinheiro? Sim, mas não é este o principal ponto. Há algumas outras coisas muito, muito, muito mais urgentes do que dinheiro.

Toda a política nacional está voltada para aparências e “emburrecências” (perdoem o neologismo). Pelas estatísticas diminuiu a evasão escolar e a repetência. É verdade. Pelo menos por aqui: o aluno se matricula, ou melhor, seu responsável faz a matrícula. A criança não vai à escola o ano todo. Se o responsável no próximo ano comparecer para renovar a matrícula, descobre que ele passou de ano, mesmo não tendo conhecido a escola pelo lado de dentro. Se o responsável não aparecer, aí então ele entra na estatística como evadido.

Os métodos de ensino são emburrecentes, os livros são alienantes, os conteúdos cada dia menores e mais vazios. Tiraram a tabuada, a conjugação de verbos, tiraram a gramática, tiraram tudo que poderia significar raciocínio, crítica, criação literária. Os textos de leitura, cada um mais absurdamente cansativos que os outros. Nossos jovens não aprenderam a gostar de ler. Culpa dos livros que são chatérrimos. Fazem-se exercícios de interpretação de texto de uma maneira tão artificial e estapafúrdia que levam os alunos do nada para lugar nenhum.

Os livros de História e Geografia são bem o samba do crioulo doido. Quem sabe desaprende com eles. Os conteúdos de Filosofia no segundo grau são hilários.

Culpa de quem? Há mais de vinte anos que o ensino vem decaindo neste país. Os professores são vítimas deste descaso e menosprezo com a educação. Não estão preparados intelectual nem emocionalmente para a profissão. Perdeu-se o parâmetro.

Se o ensino fundamental é péssimo, o médio não pode ser melhor. A universidade, se exigir muito não diploma ninguém. Os bons professores vão morrendo e a nova geração, que os vem substituindo, não tem bagagem para ensinar. Não tem, porque está dentro deste contexto, vítima que é desta política criminosa de alienar para dominar. Não é incomum ver o professor chegar à escola de sandália, camiseta e barba por fazer, com uma mochila nas costas. Não é incomum o professor ser xingado e ouvir palavrão do aluno sem poder sequer responder ou tomar uma atitude. Na mochila do aluno pode ter de tudo, até droga ou arma. Quem está doido de reclamar?

Os últimos redutos de bom ensino, as Escolas Técnicas Federais, foram transformadas e CEFETs. Na realidade, transformaram excelentes cursos profissionalizantes de 2º grau por uns faz-de-conta de 3º grau.

Alfabetização? Uma professora de alfabetização me contou, não sei se é regra geral, que a orientação é ensinar o aluno escrever do jeito que ele sabe falar. (O veio trepô no teiado pra cunserta a gotera) (em vez de: O velho subiu no telhado para consertar a goteira).

Escola para que? Pelo amor de Deus. Deixa a meninada em casa e continua dando bolsa esmola, bolsa vagabundagem, agora vem aí a bolsa primeiro voto e a bolsa estupro (por 18 anos????)

Uma outra professora, esta de 2ª série, me contou que tem um aluno que não quer nada com nada. Conhece todos os palavrões e os diz com todo mundo. Sabe de tudo que não devia saber em sua idade e ensina aos colegas. Ela o chamou às falas e perguntou: “O que vai ser de você quando crescer, meu filho?” – “Presidente da república, professora.”

A pergunta que não quer calar é: O que será deste Brasil daqui a vinte anos, caso ele ainda exista daqui a vinte anos?

Ajudem-nos a salvar este país. Estou pronta para continuar nesta luta até o último dia de minha vida.

Quero fazer uma sugestão:

A hora e a vez da mulher
A mulher se corrompe menos.
A mulher é mais dedicada.
A mulher é mais sincera.
A mulher é menos covarde.
A mulher ama com mais intensidade, por isso é muito mais patriota.
Toda mulher é mãe, mesmo que nunca tenha tido um filho.
Por isso prioriza a educação, a família, a saúde, o bem estar.
Está na hora de termos uma mulher na presidência da república.
Que tal a senadora KÁTIA ABREU para botar ordem nesta bagunça?
KÁTIA ABREU PARA PRESIDENTE DO BRASIL


Ainda agradecendo pela bela atuação no caso da maldita CPMF

Ester J. Azoubel

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