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domingo, 14 de março de 2010

DE FARSA EM FARSA, A ESQUERDA NOS IMPÕE O FUTURO

Por Rebecca Santoro
29 de agosto de 2008

A Agência Reuters de notícias divulgou, hoje, que Tarso Genro, o ministro da justiça do PT, em rápidas declarações sobre o julgamento do STF sobre a Raposa da Serra do Sol, “se mostrou convencido de que a demarcação contínua será mantida pelo STF”, e completou “quem ouve o ministro falar acha que a vitória já foi garantida”. Tarso disse mais, com ares de satisfação: “Não adianta estourar pontes, fazer ações violentas contra o estado e fazer mobilizações que levem à violência. Não é uma vitória de índio contra branco ou de índio contra arrozeiro".

O ministro, como em raríssimas ocasiões, tem razão. Não se trata de uma vitória de índio contra branco ou de índio contra arrozeiro. Não mesmo. Trata-se de uma vitória do comunismo internacionalista defendido e idolatrado por gente como Tarso sobre todos os brasileiros – excluindo a corja que está no poder e os que a ela tentam se juntar por medo de sucumbir à triste realidade que se instala no país (podem esperar: sucumbirão ainda mais terrivelmente...).

O voto do relator do processo, o ministro Ayres Brito, foi brilhante, como disseram alguns de seus colegas à imprensa. Brilhantemente cínico e hipócrita, isso sim. Como é que um homem com aquela envergadura cultural toda deixaria de saber que na área de savana onde se encontram os vilarejos e fazendas de Roraima jamais habitou tribo indígena nenhuma? Há fotos, inclusive publicadas por este site, que mostram isso perfeitamente. São fotos tiradas por um geólogo que esteve pesquisando a região no início dos anos 70. Há, também, um programa de TV sobre a região feito por Amaral Neto – O Repórter, em 1973. Nele, Amaral Neto mostra as fazendas da região e as cidades, falando do crescimento daquela área. Os índios de aldeia e de tanga? O repórter os encontrou em regiões de mata mais fechada, bem distantes das áreas onde estavam as fazendas. Todos os outros índios estavam perfeitamente integrados à vida nas fazendas, em suas pequenas propriedades e nas cidades.

Como é que um homem tão ‘erudito’, como ele mesmo gosta de qualificar seus colegas de toga, não saberia que os laudos apresentados, para embasar a homologação da reserva em terras contínuas, são forjados contra centenas de evidências que os desmascarariam? Como é que um homem que ocupa a mais alta corte de justiça brasileira – juntando a ele, aqui, o procurador geral da república, Fernando Souza – pode dizer, com toda a calma do mundo, que quem continuou naquela região, depois de 1996, ocupou as terras praticando ‘esbulho’ – que é se apossar de algo que tem dono, de má fé? Meu Deus?! Desde os anos 60/70 essa gente já estava naquelas terras! E mais: acusá-los de estar provocando danos ambientais e culturais aos silvícolas, POR OCUPAREM CERCA DE 1% DA IMENSIDÃO DE TERRAS QUE, AGORA, QUEREM ENTREGAR AOS ÍNDIOS – MUITOS DELES PARA LÁ TRAZIDOS, SEM JAMAIS TEREM SIDO CRIA DAQUELAS TERRAS?

E o parecer do relator sobre os municípios legalmente constituídos e que estão, agora, com a homologação em terras contínuas, dentro da reserva Raposa da Serra do Sol? Os registros de nascimento, de propriedade, de casamento, de identidade, de título de eleitor – tudo isso vai virar poeira? E as fazendas, casas de comércio, casas particulares – devem ser destruídas antes que se volvam aos índios do CIR? Tomara mesmo que não ficasse pedra sobre pedra no que os ‘brancos’ tivessem que deixar pra trás, caso se concretizassem as previsões de Tarso Genro.
Entendam, Roraima está muito longe de onde estou e eu não conheço ninguém por lá. Se o caso se desse no Espírito Santo, por exemplo – e como está efetivamente acontecendo em Mato Grosso do Sul -, eu estaria falando exatamente as mesmas coisas. Eu não estou nem ao menos fazendo alarde em relação à exposição ao perigo de nossas fronteiras. O fato é que há uma injustiça sendo cometida pelas mãos de um governo – que tomou o Estado – contra brasileiros. Hoje são eles, amanhã pode ser qualquer um de nós.

Um governo não pode ter o poder de dar canetas e sair submetendo uma nação inteira aos seus desejos. Foi uma canetada que nos impôs a Lei Seca: não foi voto popular, não foi voto de Congresso eleito. Agora, como se não bastasse os absurdos constantes do Estatuto do Desarmamento, vão passar por cima do desejo dos brasileiros de que não sejam legalmente desarmados (porque, na prática, é isso o que o Estatuto praticamente já nos impõe) e começam nova campanha para desarmar o povo. O governo pretende fazer novo referendo sobre o tema. Porém, dessa vez, não haverá mais a preocupação de que as urnas revelem a verdade, porque o senhor Luiz Inácio já está eleito, depois de ter enfrentado ‘duro’ e ‘democrático’ segundo turno. Não precisa mais demonstrar que a ‘democracia do voto eletrônico’ funcione perfeita e seguramente por aqui.

Podem apostar: se nada de extraordinário acontecer, se nenhuma reação popular imprevisível sobrevier, as coisas vão se encaminhar no sentido de que tenhamos centenas de nações indígenas, completamente independentes do Brasil, aqui dentro do país. Teremos também centenas de reservas ambientais, centenas de áreas reservadas para reforma agrária do MST e para quilombolas. Teremos ainda concentração dos meios de produção nas mãos de poucos amigos da nomenklatura petista, bem como nas mãos dos membros desta própria e também do Estado. Nossa classe média se nivelará por baixo, formando uma nação de ignorantes, técnicos, de apertadores de parafusos, de profissionais incompetentes de nível superior (que de superior não terão nada) e de funcionários públicos militantes partidários dependentes do Estado. A população será desarmada e ficará completamente à mercê do terrorismo de estado, bem com da militância do crime organizado – que o estado finge combater.

Os militares que atuaram no regime militar – e que são acusados (com palavras e não com provas) de tortura – serão julgados e condenados. Não dá para confiar em leis e em tribunais superiores por aqui. Seremos, também, e, finalmente, parte de um bloco neo-comunista latino-americano, no qual nossas fronteiras serão apenas desenhos em mapas e do qual (prestem atenção nisso) não poderemos sair, senão por falta de condições financeiras, por causa de outras imposições – sejam elas internas ou praticadas no exterior.

Seremos governados por um bando de corruptos esquerdopatas de cujas garras não poderemos escapar. É esse o futuro que nos espera – o futuro no qual viverão nossos filhos, se sobreviverem, e nossos netos, portanto. Passaremos para a História como a geração mais covarde que já habitou essas terras. Esse carimbo eu não vou ter nas minhas costas. Terei outros: louca, rebelde, inconformada, neurótica e mais sei lá quantos puderem inventar. Mas, omissa e covarde – isso eu não fui.

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