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segunda-feira, 31 de maio de 2010

De um comentarista do Blog do Reinaldo Azevedo

M Ktisti disse: maio 31, 2010 às 7:12 pm

Abaixo a resposta do jornalista israelense Yossi Lapid para o escritor palestino Anton Shamas

(traduzido do Francês):

“Shamas, meu amigo,

Um Estado que exporta sistemas sofisticados de computação e ensina estados sul americanos a plantar melões. Um Estado que exporta todos os meses produtos no valor de um bilhão de dólares para a Europa, EUA e mesmo Japão.

Uma democracia exemplar onde os ministros temem os controles e a prestação de contas e onde os juízes só temem a Deus.

Um Estado que possui um dos melhores exércitos do mundo.

Um estado onde há poucos crimes de sangue mas muitos excelentes concertos.

Onde os fiéis de todas as religiões gozam de liberdade de culto e onde mesmo os leigos são bem-vindos.10% dos cidadãos do pais são imigrantes novos; 89% acham que apesar de todas as dificuldades (e a Agência Judaica) , é um bom país para se viver.

Eis um Estado onde um Anton Shamas é um homem livre, em um dia de festa nacional, é livre de publicar um ataque virulento contra tudo que é caro aos judeus que vivem neste país.Shamas, será talvez capaz de nos perdoar tudo isso. Mas o que ele não agüenta, é o fato que, apresentados à luz das realizações do sionismo, as falhas dos árabes parecem tão humilhantes e deprimentes.

Quantos Palestinos há, meu amigo? Um milhão, dois? Três?E quantos Estados árabes te cercam? Vinte? Vinte países com reis e ditadores de terror e derramamento de sangue.

Não há uma só democracia árabe com liberdade de expressão e direitos cívicos. Você nos fala de fracasso do Estado de Israel comparado com quem? A Argélia, o Egito? O Iraque? Quantos Árabes há entre o Atlântico e o Golfo pérsico? Cem milhões? Duzentos?E quantos muçulmanos há? Um bilhão! E eles rezam ao mesmo Alá, em nome do mesmo profeta Maomé. E todos, tantos são e não conseguem resolver o problema do esgoto em Gaza!

Há 47 anos vocês se preparam para a independência palestina, e ainda não conseguem recolher o lixo doméstico de Jericó.

Apesar de todo o petróleo do mundo, não conseguem mobilizar a fraternidade árabe para construir um hospital em Deir Balah.

E todas as torneiras de ouro puro da Arábia Saudita e todas as Jacuzzis do Kuwait não bastam para fornecer água potável em Jabalya.

Isto posto, amigo, você sabe muito bem não é?Se um milhão de judeus vivessem em Gaza, esta cidade se tornaria um paraíso terrestre. Neste momento operários palestinos fariam fila para lá trabalhar.

Se houvesse um bilhão de judeus, os Judeus de Gaza não precisariam de esmola da ONU. Os Judeus do mundo cuidariam dos judeus de Gaza e Gaza seria há muito a pérola do Mediterrâneo.

Vamos lá, Anton Shamas, tudo isso você já sabe, e é bem isso que te exaspera.

É a inveja que te devora e te perde.

Assim, veja, o momento chegou de concluir com total franqueza, sem sentimento de vergonha e sem baixar os olhos: aquilo que não funcionou é a aventura palestina que terminou em fracasso total.

Em meio século, partindo de quase zero, os sionistas forjaram um Estado que lança seus próprios satélites no espaço e fornece à marinha americana aviões espiões sem piloto.

A língua hebraica (uma das maravilhas do sionismo) uniu os sabras aos refugiados dos campos, os judeus sefaradim e os judeus do leste e do oeste.

O sionismo é a maior ’success story’ do século XX!50 anos após a derrota de Hitler e do Mufti de Jerusalém, o sionismo vive e prospera no coração do Oriente Médio, num Estado com 4 e ½ milhões de judeus de cuja sobrevivência em certo momento se poderia duvidar.

Yossi Lapid”

Enviado por Sérgio Varuzza Filho

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