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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Um Silêncio Ensurdecedor

Chamo a atenção aqui do silêncio de Dilma Roussef sobre a catástrofe. Na verdade, Dilma tem silenciado sobre tudo, parece não ter opinião sobre nada. Numa situação de tão grande calamidade espera-se que a chefe da Nação ao menos diga seus sentimentos, mas nem isso.

É verdade que as calamidades recentes de São Paulo e do Rio de Janeiro, trazidas pelas chuvas, com centenas de mortes, em parte foram determinadas por fenômenos naturais incontroláveis, mas em parte foram determinadas pela incúria governamental, sempre incapaz de prevenir qualquer enchente. Não faltam guardas nas esquinas para multar motoristas incautos fundados na lei injusta, verdadeiras ações de expropriação. Mas um mínimo sistema para avisar os motoristas de enxurradas esses governos são incapazes de realizar. Muita gente morreu de forma estúpida e perfeitamente evitável se os governos fizessem sua parte.

Eu próprio fui vítima das enchentes. Cheguei ao aeroporto de Cumbica às 23:00 horas da última segunda feira, onde fiquei ilhado. A família não tinha como me resgatar, os taxis pararam de circular. De forma capenga, tomei ônibus, fui deixado a dois quilômetros da estação do metrô Tietê, de onde fui até a mais próxima da minha casa, de onde tomei um táxi. Chegue em casa às 6:30 da manhã. Depois de ver o tamanho da catástrofe parei de reclamar, minhas perdas foram mínimas.

Chamo a atenção aqui do silêncio de Dilma Roussef sobre a catástrofe. Na verdade, Dilma tem silenciado sobre tudo, parece não ter opinião sobre nada. Numa situação de tão grande calamidade espera-se que a chefe da Nação ao menos diga seus sentimentos, mas nem isso. O silêncio profundo a que se recolheu, desde antes das eleições, leva a única conclusão: Dilma Rousseff nada tem a dizer porque ela é um conjunto vazio e um ser incapaz de se comunicar de forma clara. Seus marqueteiros provavelmente orientaram o recolhimento, pois deixar um microfone próximo à Sra. Presidente é um convite a infortúnios. Dilma certamente é menos inteligente e politicamente menos preparada que Lula. Ela tem guardado um silêncio ensurdecedor. Se a lua desabar sobre a terra ela nada terá a dizer.

O desamparo material e espiritual a que as vítimas das catástrofes estão condenadas equivale ao desamparo geral da Nação. Dilma Rousseff nada tem a dizer porque também nada tem a fazer, seja diante de enchentes, seja diante de problemas cambiais, inflacionários e de toda ordem nos negócios do Estado. De fato, estamos diante de uma vacância na Presidência. Está a nos governar o fantasma não recolhido de Luiz Inácio Lula da Silva, que se recusa a sair do proscênio.

O Brasil está órfão.

José Nivaldo Cordeiro

José Nivaldo Cordeiro é economista e mestre em Administração de Empresas na FGV-SP. Cristão, liberal e democrata, acredita que o papel do Estado deve se cingir a garantia da ordem pública. Professa a idéia de que a liberdade, a riqueza e a prosperidade devem ser conquistadas mediante esforço pessoal, afastando coletivismos e a intervenção estatal nas vidas dos cidadãos.

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