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sábado, 4 de junho de 2011

Por que o Brasil ainda não deu certo

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Márcio Accioly

Dia desses, o “humorista” Danilo Gentili, que faz parte do programa CQC, fez pergunta ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL), capaz de fazer corar um frade de pedra, caso seu sentimento de vergonha imperasse:

“-A sua indicação para o Conselho de Ética do Senado corresponderia à indicação de Fernandinho Beira-Mar para um Ministério que cuidasse de política antidroga no Brasil?”

Fiquei sem saber onde enfiar a cabeça! Mas claro que tudo faz sentido. É só analisar como se encontra a composição daquele órgão.

Nos últimos dias, o noticiário internacional vem sendo dominado pela prisão do diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, acusado de agressão sexual, cárcere privado e tentativa de estupro. Candidato à Presidência da França, à frente de todos nas pesquisas, foi retirado preso da primeira classe de um avião, quando já deixava os EUA.

Se fosse aqui, será que a Polícia Federal iria arrancá-lo algemado (como foi feito lá fora), para deixá-lo detido uma hora que fosse? Ou ele seria condecorado e louvado como grande garanhão?

Olhem o caso de Roger Abdelmassih: condenado a 278 anos de prisão, foi solto por força de habeas-corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes (STF) e dizem que já se encontra no Líbano, onde poderá continuar fazendo das suas. Abdelmassih molestou milhares de mulheres antes de ser catalogado como psicopata.

E o caso da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa? Que denunciou orgias e negociatas realizadas numa mansão no Lago Sul (Brasília), comandada pelo então ministro da Fazenda, Antônio Palocci?

Palocci, envolvido em maracutaias e tráfico de influência que rendem milhões e milhões de reais indevidamente? O ex-candidato presidencial do PSDB José Serra, juntamente com o senador Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, apressaram-se em defender Palocci, pois dizem fazer parte de negócios comuns.

Aécio Neves, que foi detido com a habilitação vencida e se recusou a fazer teste de bafômetro, no Rio de Janeiro, é o mesmo que tem sido acusado de consumir cocaína em quantidades que dariam para preencher anualmente um armazém.

Não se fale em FHC, que quis entregar até a Base de Lançamento de Alcântara (MA) e chamou os aposentados de vagabundos, além de favorecer o filho, Paulo Henrique Cardoso, em desmandos e roubalheiras sem fim patrocinadas em seu governo.

Nem se fale em Luiz Inácio, Dom Inácio, que ora desfila a ignorância em palestras milionárias, tendo inspirado a feitura de livro referendado pelo MEC e que convalida expressões tais como “Nós vai” e “Nós pega o peixe”. O próprio ministro da Educação, Fernando Haddad, chama cabeçalho de “cabeçário”. Mas ainda não nos encontramos no fundo do poço. Falta muito.

É essa camarilha que “governa” o Brasil. Sob o comando de uma senhora que se diz “presidenta”, certamente por ter sido interessante “adolescenta”, bem-comportada “pacienta” (nos hospitais) e se fosse animal mamífero perissodáctilo seria uma jumenta.

No comando do Congresso Nacional, o presidente possui biografia escrita por Palmério Dória cujo título sugestivo, “Honoráveis Bandidos”, diz bem do que se trata. Ali, a história de José Sarney e de muitos que lhe são próximos, inclusive filhos, seriam capazes de demolir qualquer República.

Diante disso, vez por outra a população lincha bandidos nas ruas e é morta por eles, além de pagar contas sem fim que os milionários cartões corporativos exigem. Mas não há o que discutir: as instituições brasileiras apodreceram em conjunto.

Márcio Accioly é Jornalista.

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