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domingo, 7 de agosto de 2011

“VOCÊS TÊM QUE ENGOLIR”

“Não cabe aos militares gostar ou não do Amorim”, disse o ex-presidente em recentes declarações sobre a nomeação do ex - chanceler Celso Amorim como novo Ministro da Defesa e a reação dos militares.

A declaração soa na base do “vocês têm que engolir”.

De fato, como a polêmica nomeação, a Comissão da Verdade, o Trem - Bala, o boçal numero de parlamentares e seus nababescos salários, o PNDH 3, as Reservas Indígenas, as cotas raciais, as famílias gays, os estapafúrdios gastos governamentais com propaganda, o uso das autarquias para a promoção do socialismo barato, as bolsas de couro, de napa, de papelão, dos presidiários, e uma infinidade de outras medidas costuradas, engendradas e paridas no seio do desgoverno e demais poderes, não apenas os militares, mas a população, todos, gostem ou não, temos que engolir.

Não se cogita em promover referendos ou plebiscitos para auscultar a opinião pública. Nestes casos, dá - lhes Medidas Provisórias, decisões solenes do STF, deliberações espalhafatosas no Congresso, e o que for decidido será enfiado goela abaixo, e não caberá à população gostar ou não.

Enquanto engolimos cobras e lagartos, vivam os sobreviventes que ainda têm forças para reclamar, para se indignar, por que a maioria não tem.

Hoje, esmagados pelo politicamente correto, pela falta de dignidade, pela ausência do senso, pela perda dos limites de poder das “autoridades”, os párias que ainda reagem estão aos poucos sendo colocados onde os donos do poder desejam, no ostracismo, na berlinda.

Perdemos, não apenas a coragem, mas a capacidade de escolha, a faculdade de denunciar, de espernear, e engolfados pelo endeusamento de crápulas, vamos soçobrando num mar de indignidades. Mas temos que engolir.

Até quando, difícil dizer.

Ao que tudo indica, pelo alto índice de aceitação popular da Presidente (71%?), sem que nada, absolutamente nada tenha sido feito, a não ser as costumeiras declarações alvissareiras, cujos números nunca serão questionados, como “estamos prosseguindo no Programa Minha Casa, Minha Vida com mais de um milhão de casas até...”, a declaração poderia ser de dois, três ou quatro milhões, se verdade ou não, não interessa, o que importa é o estardalhaço na mídia, é a satisfação verbal e o ego do anunciante.

O orçamento do Poder Judiciário para 2012 contempla os pobrezinhos com 15% de aumento salarial. Quem poderá nos ajudar? Nem o Chapolin Colorado.

Sim, gostando ou não, como qualquer imposto, como qualquer aumento nos encargos, nos gastos familiares, os militares ficarão subordinados, por prescrição institucional ao novo Ministro da Defesa.

Os militares estão conscientes de que a subordinação hierárquica não é submissão, não é vergonha. “A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das Forças Armadas. O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à sequência de autoridade”.

Destacamos que o grau de superioridade embutido em cada nível determina ao seu detentor um aumento no seu grau de responsabilidade, desse modo, superiores e subordinados devem possuir normas de convivência, que respeitando a sua base constitucional, vivenciem entre eles uma harmonia decorrente do ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.

Oxalá, o respeito almejado seja atingido na nova simbiose, embora os indícios e as atuações recentes do novo ministro apontem para pertinentes preocupações.

E como dizia o gaúcho, “que venha o touro, porém em forma de bife”.

Brasília, DF, 07 de agosto de 2011.

Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

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