A UPEC se propõe a ser uma voz firme e forte em defesa da ética na política e na vida nacional e em defesa da cidadania. Pretendemos levar a consciência de cidadania além dos limites do virtual, através de ações decisivas e responsáveis.


sexta-feira, 2 de março de 2012

Por: Francisco Vianna

PINDORAMA ESTÁ FICANDO

MUITO PARECIDA COM CUBA

Fonte: http://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&task=view&id=6622&Itemid=95

Forças Armadas vão punir os cem militares que assinaram manifesto...


Essa é a "democracia" pela qual as organi-
zações pegaram em armas nas décadas
de 60/70? Se as ameaças forem concretizadas, os mili-
tares serão presos políticos por "crimes de opinião".
Obs
www.aveadesufocada.com

A atualização das adesões continuará a ser
feita três vezes ao dia, inclusive de civis.

Eles contestaram a autoridade do ministro da Defesa, Celso Amorim.
Evandro Éboli

29/02/12 - 19h19

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Celso Amorim, decidiu, nesta quarta-feira, em conversa com os três comandantes militares, que os cem oficiais da reserva que assinaram o manifesto "Alerta à Nação - eles que venham, aqui não passarão" serão repreendidos por suas respectivas forças. A punição pela indisciplina depende do regulamento de cada um, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, e varia de uma simples advertência até a exclusão da força. Mesmo militares da reserva podem ser excluídos.

Texto completo

Nesse texto, os militares da reserva criticaram a interferência do governo no site do Clube Militar e o veto a um texto ali publicado que critica a presidente Dilma Rousseff e duas ministras. Nesse "Alerta à Nação", os oficiais afirmam não reconhecer "qualquer tipo de autoridade ou legitimidade” de Celso Amorim.

"Em uníssono, reafirmamos a validade do conteúdo do Manifesto publicado no site do Clube Militar, a partir do dia 16 de fevereiro, e dele retirado, segundo o publicado em jornais de circulação nacional, por ordem do Ministro da Defesa, a quem não reconhecemos qualquer tipo de autoridade ou legitimidade", diz o documento.

Como no manifesto vetado no site do Clube Militar, o documento de terça-feira também critica a criação da Comissão da Verdade.

"A aprovação da Comissão da Verdade foi um ato inconsequente, de revanchismo explícito e de afronta à Lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo".

O texto publicado no site do Clube Militar atribuía à ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e à ministra da Secretaria Especial de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, declarações que estariam a serviço do que classificaram de "minoria sectária", disposta a reabrir feridas do passado. O primeiro manifesto polêmico foi assinado pelos presidentes do Clube Militar, Renato Cesar Tibau Costa; do Clube Naval, Ricardo Cabral; e do Clube da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista, todos já na reserva.

No texto, dizem que Rosário vem apregoando a possibilidade de apresentação de ações judiciais para criminalizar agentes da repressão, enquanto Eleonora teria usado a cerimônia de posse — em 10 de fevereiro — para tecer "críticas exacerbadas aos governos militares", sendo aplaudida por todos, até pela presidente. Eleonora foi presa durante a ditadura militar e, na cadeia, conheceu Dilma.

O texto diz ainda que o Clube Militar não se intimida e continuará atento e vigilante e diz que as Forças Armadas são a instituição com maior credibilidade na opinião pública.

O MANIFESTO

"ELES QUE VENHAM. POR AQUI NÃO PASSARÃO!”


Este é um alerta à Nação brasileira, assinado por homens cuja existência foi marcada por servir à Pátria, tendo como guia o seu juramento de por ela, se preciso for, dar a própria vida. São homens que representam o Exército das gerações passadas e são os responsáveis pelos fundamentos em que se alicerça o Exército do presente.


Em uníssono, reafirmamos a validade do conteúdo do Manifesto publicado no site do Clube Militar (
leia aqui), a partir do dia 16 de fevereiro próximo passado, e dele retirado, segundo o publicado em jornais de circulação nacional, por ordem do Ministro da Defesa, a quem não reconhecemos qualquer tipo de autoridade ou legitimidade para fazê-lo.

Texto completo

O Clube Militar é uma associação civil, não subordinada a quem quer que seja, a não ser a sua Diretoria, eleita por seu quadro social, tendo mais de cento e vinte anos de gloriosa existência. Anos de luta, determinação, conquistas, vitórias e de participação efetiva em casos relevantes da História Pátria.

A fundação do Clube, em si, constituiu-se em importante fato histórico, produzindo marcas sensíveis no contexto nacional, ação empreendida por homens determinados, gerada entre os episódios sócio-políticos e militares que marcaram o final do século XIX. Ao longo do tempo, foi partícipe de ocorrências importantes como a Abolição da Escravatura, a Proclamação da República, a questão do petróleo e a Contra-revolução de 1964, apenas para citar alguns.

O Clube Militar não se intimida e continuará atento e vigilante, propugnando comportamento ético para nossos homens públicos, envolvidos em chocantes escândalos em série, defendendo a dignidade dos militares, hoje ferida e constrangida com salários aviltados e cortes orçamentários, estes últimos impedindo que tenhamos Forças Armadas (FFAA) a altura da necessária Segurança Externa e do perfil político-estratégico que o País já ostenta. FFAA que se mostram, em recente pesquisa, como Instituição da mais alta confiabilidade do Povo brasileiro (pesquisa da Escola de Direito da FGV-SP).

O Clube Militar, sem sombra de dúvida, incorpora nossos valores, nossos ideais, e tem como um de seus objetivos defender, sempre, os interesses maiores da Pátria.

Assim, esta foi a finalidade precípua do manifesto supracitado que reconhece na aprovação da “Comissão da Verdade” ato inconseqüente de revanchismo explícito e de afronta à lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo.

Assinam, abaixo, os Oficiais Generais por ordem de antiguidade e os Oficiais superiores por ordem de adesão.


OFICIAIS GENERAIS
Gen Pedro de Araujo Braga
Gen Valdésio Guilherme de Figueiredo
Gen Gilberto Barbosa de Figueiredo
Gen Roberto Viana Maciel dos Santos
Gen Torres de Melo
Gen Amaury Sá Freire de Lima
Gen Cássio Cunha
Gen Aloísio Rodrigues dos Santos
Gen Ulisses Lisboa Perazzo Lannes
Gen Iberê Mariano da Silva
Gen Marco Antonio Tilscher Saraiva
Gen Aricildes de Moraes Motta
Gen Bda Eduardo Cunha da Cunha
Gen Tirteu Frota
Gen César Augusto Nicodemus de Souza
Gen Geraldo Luiz Nery da Silva
Gen Marco Antonio Felício da Silva
Gen Bda Newton Mousinho de Albuquerque
Gen Paulo César Lima de Siqueira
Gen Manoel Theóphilo Gaspar de Oliveira
Gen Elieser Girão Monteiro
Gen Bda Pedro fernando malta
Gen Bda Gilberto Serra


OFICIAIS SUPERIORES

Cel Carlos de Souza Scheliga
Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra
Cel Ronaldo Pêcego de Morais Coutinho
Capitão-de-Mar-e-Guerra Joannis Cristino Roidis
Cel Seixas Marques
Cel Pedro Moezia de Lima
Cel Cláudio Miguez
Cel Yvo Salvany
Cel Ernesto Caruso
Cel Juvêncio Saldanha Lemos
Cel Paulo Ricardo Paiva
Cel Raul Borges
Cel Rubens Del Nero
Cel Ronaldo Pimenta Carvalho
Cel Jarbas Guimarães Pontes
Cel Miguel Netto Armando
Cel Florimar Ferreira Coutinho
Cel Av Julio Cesar de Oliveira Medeiros
Cel.Av.Luís Mauro Ferreira Gomes
Cel Carlos Rodolfo Bopp
Cel Nilton Correa Lampert
Cel Horacio de Godoy
Cel Manuel Joaquim de Araujo Goes
Cel Luiz Veríssimo de Castro
Cel Sergio Marinho de Carvalho
Cel Antenor dos Santos Oliveira
Cel Josã de Mattos Medeiros
Cel Mario Monteiro Campos
Cel Armando Binari Wyatt
Cel Antonio Osvaldo Silvano
Cel Alédio P. Fernandes
Cel Francisco Zacarias
Cel Paulo Baciuk
Cel Julio da Cunha Fournier
Cel Arnaldo N. Fleury Curado
Cel Walter de Campos
Cel Silvério Mendes
Cel Luiz Carvalho Silva
Cel Reynaldo De Biasi Silva Rocha
Cel Wadir Abbês
Cel Flavio Bisch Fabres
Cel Flavio Acauan Souto
Cel Luiz Carlos Fortes Bustamante Sá
Cel Plotino Ladeira da Matta
Cel Jacob Cesar Ribas Filho
Cel Murilo Silva de Souza
Cel Gilson Fernandes
Cel José Leopoldino
Cel Evani Lima e Silva
Cel Antonio Medina Filho
Cel José Eymard Bonfim Borges
Cel Dirceu Wolmann Junior
Cel Sérgio Lobo Rodrigues
Cel Jones Amaral
Cel Moacyr Mansur de Carvalho
Cel Waine Canto
Cel Moacyr Guimarães de Oliveira
Cel Flavio Andre Teixeira
Cel Nelson Henrique Bonança de Almeida
Cel Roberto Fonseca
Cel Jose Antonio Barbosa
Cel Jomar Mendonça
Cel Carlos Sergio Maia Mondaini
Cel Nilo Cardoso Daltro
Cel Vicente Deo
Cel Av Milton Mauro Mallet Aleixo
Cel José Roberto Marques Frazão
Cel Luiz Solano
Cel Flavio Andre Teixeira
Cel Jorge Luiz Kormann
Cel Aluísio Madruga de Moura e Souza
Cel Aer Edno Marcolino
Cel Paulo Cesar Romero Castelo Branco
Cel CARLOS LEGER SHERMAN PALMER
Cel Gilberto Guedes Pereira
Cel Carlos da Rocha Torres
Cel Paulo Soares dos Santos
Cel Mário Luiz de Oliveira
Cel Wilson Musco
Cel Luiz Fontoura de Oliveira Reis
Cel Rubens Reinaldo Santana
Cel Arthur Paulino Tapajoz de Souza
Cel Josimar Gonçalves Bezerra
Cel Affonso Correa de Araújo
Cel Era Derli Stopato da Fonseca
Cel Elmio David Dansa de Franco
Cel Antonio Carlos Pinheiro
Cel Av Silvio Brasil Gadelha
Cel Jorge Caetano Souza do Nascimento
Cel Sérgio Augusto Machado Cambraia
Cel Manoel Soriano Neto
Cel Nelson Roque Vaz Musa
Cel Rubens Vaz da Cunha
Cel Mário Muzzi
Cel Luiz Caramuru Xavier

Cel Av Valdir Eliseu Soldatelli
CMG (FN) Guilherme Gonzaga
Capitão-de-Mar-e-Guerra Cesar Augusto Santos Azevedo
CEL José Alberto Neves Tavares da Silva
Cel Av Silvio da Gama Barreto Viana
TCel Osmar José de Barros Ribeiro
T Cel Mayrseu Cople Bahia
TCel José Cláudio de Carvalho Vargas
TCel Aer Jorge Ruiz Gomes
TCel Era Gilson Neves Campos
TCel Ronaldo Binari da Silva Freire.
TCel Aer Paulo Cezar Dockorn
TCel Nilton Setta
TCel Fernando Batalha Monteiro
TCel Carlos Guimarães Ferreira
Cap de Fragata Rafael Lopes Matos
Maj Paulo Roberto Dias da Cunha
Maj Aer Josias de Freitas Duarte
Maj Era Pedro Roberto Raffs Machado

Oficiais subalternos

2º Ten José Vargas Jiménez


Íntegra da nota dos clubes militares, que foi retirada do ar


Dirijo-me também aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada. Estendo minha mão a eles. De minha parte, não haverá discriminação, privilégios ou compadrio. A partir da minha posse, serei ‘presidenta’ de todos os brasileiros e brasileiros, respeitando as diferenças de opinião, de crença e de orientação política”.


No dia 31 de outubro de 2010, após ter confirmada a vitória na disputa presidencial, a Sra. Dilma Roussef proferiu um discurso, do qual destacamos o parágrafo acima transcrito. Era uma proposta de conduzir os destinos da nação como uma verdadeira estadista.


Logo no início do seu mandato, os Clubes Militares transcreveram a mensagem que a então candidata enviara aos militares da ativa e da reserva, pensionistas das Forças Armadas e aos associados dos Clubes. Na mensagem a candidata assumia vários compromissos. Ao transcrevê-la, os Clubes lhe davam um voto de confiança, na expectativa de que os cumprisse.


Ao completar o primeiro ano do mandato, paulatinamente, vê-se a Presidente afastando-se das premissas por ela mesma estipuladas. Parece que a preocupação em governar para uma parcela da população sobrepuja-se ao desejo de atender aos interesses de todos os brasileiros. Especificamente na semana próxima passada, e por três dias consecutivos, pode-se exemplificar a assertiva acima citada.


Na quarta-feira, 8 de fevereiro, a Ministra da Secretaria de Direitos Humanos concedeu uma entrevista à repórter Júnia Gama, publicada no dia imediato no jornal Correio Braziliense, na qual mais uma vez asseverava a possibilidade de as partes que se considerassem ofendidas por fatos ocorridos nos governos militares pudessem ingressar com ações na justiça, buscando a responsabilização criminal de agentes repressores, à semelhança ao que ocorre em países vizinhos. Mais uma vez esta autoridade da República sobrepunha sua opinião à recente decisão do STF, instado a opinar sobre a validade da Lei da Anistia. E, a Presidente não veio ao público para contradizer a subordinada.


Dois dias depois, tomou posse como Ministra da Secretaria de Política para as Mulheres a Sra. Eleonora Menicucci. Em seu discurso a Ministra, em presença da Presidente, teceu críticas exacerbadas aos governos militares e, se auto-elogiando, ressaltou o fato de ter lutado pela democracia (sic), ao mesmo tempo em que homenageava os companheiros que tombaram na refrega. A platéia aplaudiu a fala, incluindo a Sra. Presidente. Ora, todos nós sabemos que o grupo ao qual pertenceu a Sra. Eleonora conduziu suas ações no sentido de implantar, pela força, uma ditadura, nunca tendo pretendido a democracia.


Para finalizar a semana, o Partido dos Trabalhadores, ao qual a Presidente pertence, celebrou os seus 32 anos de criação. Na ocasião, foram divulgadas as Resoluções Políticas tomadas pelo Partido. Foi dado realce ao item que diz que o PT estará empenhado, junto com a sociedade (?), no resgate de nossa memória da luta pela democracia (sic) durante o período da ditadura militar.

Pode-se afirmar que a assertiva é uma falácia, posto que, quando de sua criação, o governo já promovera a abertura política, incluindo a possibilidade de fundação de outros partidos políticos, encerrando o bi-partidarismo.


Os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da Presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo com a posição assumida por eles e pelo partido ao qual é filiada e aguardam com expectativa positiva a postura de Presidente de todos os brasileiros e não de minorias sectárias ou de partidos políticos.


Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 2012

UM COMENTÁRIO

Parece-me que o governo petista começa a errar onde alega que os
militares erraram: censurando e punindo. Diariamente, os noticiários nos mostram pessoas morrendo às portas de hospitais; falta de médicos e medicamentos em hospitais onde impera a propaganda; cadeias que são verdadeiros depósitos de presos de fazer inveja a Auschwitz; crianças caminhando léguas para ir à escola; outras catando sua dose diária de nutrientes e proteínas em lixões de periferias; favelas onde se amontoam milhares de famílias sendo incendiadas, tudo isso, e muito mais, Brasil afora, levando a crer que o maior genocida do país é o Estado.


Assim, parece um tremendo contra-senso ou a existência de mais interesses escusos, mais um entre as centenas de escândalos que corroem o país, a existência de uma secretaria de Direitos Humanos, nas mãos de uma autoridade que, na aparência, parece instilar raiva e ódio a todo instante, instalando uma comissão da verdade, para punir "desvios ocorridos nos citados direitos em certo período da história do Brasil".


Alegam que os cidadãos têm direito à verdade, embora os supostos detratores das garantias individuais, como Instituição, detêm os maiores índices de aprovação justamente por quem teria sido oprimido por uma "ditadura sanguinária".


Afirmam que as Forças Armadas de hoje não são as mesmas de antes. Oras, não são mesmo. Assim como a sociedade também não é a mesma. Ou vamos voltar no tempo para alguns segmentos e para outros não?


Aqueles que imaginam que isso possa fazer parte da evolução das sociedades nacionais podem estar cometendo um tremendo erro de avaliação, pois ao condenar o passado – abrindo armários onde imaginam haver esqueletos – pode-se estar correndo o risco de deixar "ovos de serpente", entre os que atualmente integram o presente das Instituições armadas.


Os militares de hoje, que porventura pensem que somente serão levados aos tribunais os velhos moribundos, não devem se esquecer que amanhã novos moinhos de vento podem ser imaginados e, bem, o efeito Orloff é bastante conhecido neste país.

Fácil entender que a tal comissão da verdade pode estar atacando aqueles que justamente garantem a existência dela. Ou será que cumprem, sem ao menos saber, os ditames subliminares de um imperialismo que condenavam, desarmando o Brasil em corações e mentes?


Seria algo como um mafioso tentando prender e punir seus próprios guarda-costas. Ou o dono de um Pitt Bull que todo dia espanca o animal até que um dia este o morde.


Mas...

Marco Antonio dos Santos

Professor e empresário

Nenhum comentário: