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quarta-feira, 14 de março de 2012

Por Dr. Geraldo Almendra

PODER PÚBLICO DEGENERADO PROMOVE A DESORDEM MORAL NO PAÍS

Um assassino que não foi julgado não deixou de ser um assassino. É apenas um assassino que não foi julgado pelo seu crime.

Em dezembro de 1992 o Sr. Marcos Takashi Kawamoto foi brutalmente assassinado em frente de um bar. O autor da barbárie, atualmente médico em pleno exercício de sua profissão, foi beneficiado com uma “prescrição de gaveta” que significa que seu processo ficou no limbo dessa justiça nojenta que garante a centenas de togados altas remunerações – por dentro e por fora – e benefícios que podem torna-los muito ricos para que eles aceitem que o submundo dos Tribunais Superiores imponha à sociedade esse tipo de criminosa prescrição entre tantas outras injustiças.

Qual a explicação que justifica o fato de um processo de brutal assassinato de alguém fique na gaveta de um Tribunal Superior aguardando um prazo de prescrição? – Não tem, ou melhor, tem sim: é o fato dessa bosta chamada de Poder Judiciário estar infestado de gente sórdida que negocia a impunidade conforme a classe social a que pertence um bandido, um corrupto ou um assassino, ou quanto pode “ser investido” pela família desses meliantes para que artifícios legais sub-reptícios garantam a impunidade de um canalha que tira a vida de um cidadão comum a socos e pontapés.

A desordem legal e moral no poder público já chegaram a níveis inaceitáveis, contaminando o resto da sociedade de uma forma que transformou as relações públicas e privadas em sistemáticos escândalos de corrupção, suborno, impunidade, e um absurdo padrão de desrespeito às decisões de uma justiça parcialmente controlada por bandidos vestidos de toga ou togados vestidos de bandidos, estando todos em perfeita sintonia corporativista e corrupta com as bases do submundo da justiça que lhes dá sustentação.

Dentro e fora do poder público não são mais as leis que contam para mais de noventa por cento de seus fraudadores, desde que pertençam a classes sociais “superiores”, corporativistas sórdidas ou abastadas, em outras palavras, às burguesias e oligarquias dos canalhas esclarecidos e seus cúmplices.

O que conta são os relacionamentos espúrios dos podres Poderes da República com o resto da sociedade pedinte de impunidades de toda ordem.

Ao contrário do que esperava a sociedade, a Abertura Democrática – com a decisiva influência negativa de uma Justiça degenerada em três décadas de petismo – vem produzindo, ao longo do tempo, um país cada vez mais moribundo de princípios éticos, morais e legais fundamentais.

Já somos um país cada vez mais repugnante aos olhos do mundo civilizado, não àquele que nos visita para tirar proveito de nossa decadência prostituta e corrupta.

Também somos percebidos como uma estrutura, social, econômica e tecnológica atrasada mais de 20 anos em relação, por exemplo, aos EUA, Japão, Alemanha e alguns outros. Enquanto as grandes potências revolucionam seus sistemas educacionais e respiram 24 horas por dia de pesquisa em empreendimentos tecnológicos, o Brasil regride à condição de, cada vez, mais exportador de matérias primas tendo como heróis de uma sociedade decadente participantes dessa estupidez chamada de BBB e de artistas de novelas que encarnam comportamentos sociais prostitutos, corruptos, levianos, desonestos e imorais como novos padrões de postura social a serem praticados por todos.

Esta desordem moral, cerne do apodrecimento das relações sociais, atravessou as fronteiras familiares e já produz uma geração de boçais, e potenciais corruptos e subornadores, com todos os desvios de conduta consequentes da perda dos fundamentos morais e éticos que deveriam nortear o comportamento social mais relevante durante o processo educacional.

Médicos assassinos, gangs de corruptos e subornadores vão sendo esquecidos por essa sociedade com um altíssimo grau de idiotice, omissão, covardia ou cumplicidade, e que somente se incomoda quando alguém de sua própria família se torna boi de piranha de relações sociais apodrecidas, estúpidas, mentirosas, levianas e hipócritas.

Geraldo Almendra

10/03/2012

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