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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

NÃO REPRESENTARAM!

(Observações de uma cidadã sobre a prática predatória da Nação e a hipnose de agentes do Estado)
Aileda de Mattos Oliveira (11/1/2015)
Para qualificar o bando que arruína a República, não há segredo. Qualquer adjetivo derivado de ‘gato’ ou ‘rato’ cai-lhe bem, embora soe como elogio à estética comportamental petista, por ajustar-se à sua norma de agir, conforme a teoria da inversão de valores.
Doloroso é ter que opinar sobre pessoas forjadas em outra escala de valores e que, convivendo com a escatologia governamental, submeteram-se, com sorrisos e mesuras, aos que reverenciam símbolos antagônicos aos nossos.
Ministério da Defesa! Que Ministério, se não há capacitado ministro, especialista, comprometido de corpo e alma com a integridade da Nação? Que Defesa, se o propósito do governo é eliminar as fronteiras nacionais como cumprimento ao tratado lesa-pátria de integrar o território à “Pátria Grande”? Mais uma grotesca ideia bolivariana de um ‘Império Comunista’, à custa da liberdade, das riquezas, das tradições, da língua, dos interesses brasileiros.
Apesar dessa pública e violenta afronta à soberania do Brasil, não houve, em favor das Forças Armadas nem em defesa da unidade nacional, uma atitude firme de condenação aos danosos atos governamentais, provinda da indignação dos três Comandantes, ora em fase de substituição, paralisados por hipnose ou pela maldita subserviência. Acreditam em Deus, mas preferiram postar-se ao bezerro de ouro.
Somos levados à suposição de que se irmanaram à matilha do poder e transformaram o juramento de defesa da Pátria em perjúrio, traindo-a sem pudor, com a mesma dura indiferença daqueles a que serviram.
Fizeram uma opção política. Para o Comandante do Exército “Nós vivemos há muitos anos em um ambiente de absoluta normalidade”. Esse repulsivo beija-mão verbal talvez lhe tivesse estendido mais algum tempo no cargo.
Nessa capciosa afirmação de que vivemos “em absoluta normalidade”, ficaram evidenciadas: a sua adesão à mentira institucionalizada; a concordância com o comportamento aético e amoral do governo, degradando a população, já pouco afeita a respeitar valores e a acatar normas; a anuência com os objetivos ideológico-partidários do governo; a aceitação da interferência do Foro de São Paulo, órgão transnacional, na política e soberania brasileiras; a concordância com a corrupção sem limites e com o desvio do dinheiro público para países de igual ideologia; a conformidade com a liberação das fronteiras ao submundo estrangeiro.
Eis a razão para terem silenciado na defesa do Brasil, para terem se omitido na exigência de o País ter Forças Armadas, preventivamente adequadas às necessidades de defesa do nosso imenso território e, consequentemente, a inclusão delas no rol da elite das Forças Permanentes, pela qualidade profissional de seus militares.
Eis a razão para, inversamente, terem acatado as intervenções do governo nas comemorações de datas militares e na simbologia da caserna; na concessão, em solenidade pública, de Medalha a terrorista e a sua não devolução.
Abúlicos generais, como assim requer a cúpula petista, mas, ágeis foram na transmissão, como arautos do Executivo, das frases de efeito que a ‘senhora’ desejava ouvir.
O ‘representante’ da Marinha, ofendeu as Corporações Militares nesta declaração alienada: “(A Comissão Nacional da Verdade) cumpriu o papel dela. Fez um relatório que nós ainda não tivemos oportunidade de nos debruçar”*. Continua, de maneira servil: “As Forças Armadas estão aguardando o que ela (Dilma) disse, que vai se debruçar sobre o relatório”**
Traduzindo essa algaravia: os Comandantes aguardavam o que a ‘senhora’ lhes determinasse, para que transmitissem à imprensa, como se fosse um consenso do trio, isto é, mais uma concordância à letra ignóbil da cnv.
Comprovação total de que serviram ao governo, a um partido, quando ao Estado foram destinados a servir. Tornou-se, assim, uma traição falar em nome das Forças, nivelando-as na linha de bajulação de suas palavras. Curvaram-se, abandonaram a estatura militar, a independência de pensar, a coragem de agir.
Uma vergonha! Uma vergonha! Uma vergonha!
A patenteada leniência nos sorrisos levianos e repugnantes refletia a vassalagem com que brindavam a ‘chefe suprema’, mas não impediu que ela, em contrapartida, dedicasse-lhes total indiferença. Tanto que ocupavam palanque à parte, na data magna da Independência.
A aceitação tácita dessa ofensa, dirigida particularmente ao Exército, principal ator na formação do Brasil, foi considerada um escárnio às Forças e à parte da sociedade esclarecida.
Lá estavam os Dragões, nos longes tempos da Independência, parte atuante do nosso Exército, desrespeitado, hoje, pela facção já denominada “criminosa” e pelos que, sem perfil de representantes militares permaneceram, como escolta, na retaguarda de sua presidente. Se no cargo ficassem, estariam na rasteira do inidôneo nepote, recém-empoleirado no MD, intencionalmente, para agravar a desmoralização das Forças. Para eles, nada mais que um nome.
Pouco lhes importava que a ‘senhora’ tivesse um passado (e um presente) de luta contra o Brasil e odiasse os militares obedientes à Carta, por terem defendido o País de suas ações criminosas. Militares cônscios, diferentes desses três senhores que, silenciosos, pareciam defender, apenas os interesses próprios, e o dela, ré confessa.
Versões históricas lembrarão os seus nomes. A da esquerda, que os citará como presas facilmente enredadas na urdidura petista, mas repelidos pela facção, e criticados como omissos representantes das próprias Corporações.
A de isentos historiadores, que não terão clemência em pospor a seus nomes o epíteto de ‘Traidores do Brasil’. Negaram-se a defendê-lo, faltou-lhes ousadia, substituíram a coragem e a austeridade da caserna pelas facilidades da política canalha. Olavo Bilac já falara sobre isso, em 1916, aos próprios militares.***
Acomodaram-se ao cargo, culminando na serventia total aos apátridas, aos declaradamente inimigos do Brasil. Mantiveram-se como burocratas, porta-vozes da inimiga figadal do País, que deseja desnacionalizá-lo, transformando-o no imenso garimpo bolivariano, pois o “Brasil é o país de todos”. O mais grave: até então, sob a abjeta concordância deles, Comandantes, pois estamos vivendo “em absoluta normalidade”.
Esta é a minha análise retroativa, apoiada em fotos, notícias e declarações das próprias personagens, felizmente, tomando o rumo de casa.
*O Estado de S. Paulo, 13/12/2014, p. A15, “Política”; **Idem.
***Reproduzido no meu artigo: Olavo Bilac: O Exército e a Política (16/12/2014)
(Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa)

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